Barras de chocolate puras, de origem única e com aproximadamente 70% de massa de cacau em sua formulação.
Algo que não tem absolutamente nada a ver com os chocolate cumuns encontrados por aí – que são adicionados de gordura hidrogenada, muito açúcar e cacau regular – os chocolates gourmets são bem menos doces e mais caros, mas também muito mais benéficos a saúde e mais saborosos.
Mas afinal o que classifica um chocolate como gourmet?
O Chocolate gourmet é confeccionado com o Cacau Premium que ocupa apenas 2 ¢ da produção mundial... O cacau comum que dá origem a todos os outros chocolates ocupa os 98% restantes.
Mas a esta altura você deve estar se perguntando: afinal, o que torna um chocolate gourmet? A explicação parece simples. Para começar, a plantação mundial se divide em dois tipos de cacau, o comum e o Premium. O primeiro ocupa 98% do mercado e o último apenas 2%. Mas o que define mesmo o produto final não é somente a seleção do cacau, e sim que toda a fabricação desse chocolate de vê ser de qualidade. E isso envolve todo o processo, desde a colheita, fermentação, secagem do cacau até a adição e mistura dos outros ingredientes que compõem o chocolate na fábrica.
Segundo Chloé Doutre-Roussel, autora do livro "The Chocolate Connoisseur", degustadora profissional e consultora na área, a maneira mais simples de definir o que é um chocolate gourmet é definir o que ele não é. “Em um chocolate gourmet, você não consegue distinguir a baunilha, a doçura não domina, ele não tem gosto de torrado ou queimado demais e seu sabor também não é adstringente”, comenta.
Para fazer uma comparação com o chocolate que é consumido em nosso país, especialistas lembram que na Europa a lei que regulamenta os chocolates define que para ter esse nome o produto precisa possuir no mínimo 33% de sólidos de cacau na sua formulação.
Já no Brasil nossa regulamentação é ampla e abre uma brecha para a fabricação de chocolate de baixa qualidade já que regulamenta que o produto para ser denominado chocolate tenha até 20% de sólidos de cacau, mas a grande maioria das fábricas se aproveita deste até e a porcentagem real gira em torno de 8% a 15%.
Ou seja, no Brasil comemos achocolatado e não chocolate. E os brasileiros em geral estão acostumados a comer chocolates de baixa qualidade, ricos em açúcar e gordura hidrogenada.
A nomenclatura dos chocolates no Brasil também não ajuda a atrair os consumidores já que a palavra amargo, nos dá uma impressão de algo que não é bom. A nomenclatura meio- amargo não existe em nenhum outro lugar no mundo e o nosso chocolate amargo é conhecido em outros países como “Dark” ou Noir”, ou seja escuro e não amargo.
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